Dermatologia Pediátrica

DERMATITE ATÓPICA

A dermatite atópica é uma doença crônica, que atinge até 20% das crianças.   Trata-se de uma doença multifatorial, onde fatores genéticos, imunológicos, ambientais e comportamentais se juntam para compor a sua fisiopatologia. Coceira e pele seca são os principais sintomas. O tipo e a localização das lesões dependem da idade da criança e da gravidade da doença. A dermatite atópica pode ser acompanhada de outras formas de atopia como asma, rinite ou conjuntivite e alergia a proteína do leite de vaca, embora elas não precisem ocorrer ao mesmo tempo. 

Fatores como sudorese excessiva, baixa umidade do ar, climas frios e secos, roupas de lã, tecidos sintéticos e ásperos, banhos longos e com água quente, uso de sabonetes em excesso associado ou não ao uso de buchas e situações de estresse podem desencadear ou agravar as lesões.  

É uma dermatose não contagiosa marcada por períodos de melhora e de piora, podendo haver intervalos de semanas, meses ou anos, entre uma crise e outra.  

Aproximadamente 70 % das crianças que apresentam a doença na infância evoluem com remissão na adolescência, embora alguns casos recidivem na vida adulta. 

O diagnóstico de dermatite atópica é clínico. Na grande maioria dos casos, o dermatologista é capaz de identificar a doença através da história e do exame físico, não sendo, portanto, necessários testes de alergia, exames de sangue ou outros exames para que ela seja diagnosticada.  

O objetivo do tratamento visa o controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. Devido à pele ressecada, a base do tratamento é o uso de emolientes ou hidratantes.  No entanto, outras medicações podem ser necessárias de acordo com a gravidade da doença. O tratamento medicamentoso pode incluir anti-inflamatórios tópicos, imunossupressores, fototerapia e terapia com imunobiológicos.  

MOLUSCO CONTAGIOSO

Molusco contagioso é uma infecção viral relativamente comum nas crianças.

Trata-se de uma doença contagiosa causada pelo poxvírus, na qual ocorrem pápulas da cor da pele, com umbilicação central, que algumas pessoas podem confundir com verrugas. A forma de contágio mais comum é através do contato direto e as lesões tendem a ocorrer com maior frequência nas crianças que apresentam algum problema na barreira da pele, como dermatite atópica ou psoríase, e nas crianças com imunossupressão.

As lesões são indolores e podem estar isoladas ou agrupadas e podem ter tamanhos variados, bem como acometer qualquer parte do corpo, sendo mais comuns no tronco. Uma pequena depressão no centro das pápulas (melhor vista com o dermatoscópio) é a característica principal das lesões. A manipulação pode fazer surgir lesões em outros locais.

Em crianças saudáveis e com produção normal de anticorpos, o molusco contagioso tende a desaparecer sozinho em meses ou anos, sem que haja necessidade de tratamento. Porém, é comum que uma terapia seja indicada para todos os casos. As lesões individuais podem ser removidas de diversas maneiras, a depender da idade, condições e fatores individuais de cada paciente. Em crianças que frequentam creches e escolas, a remoção das lesões é mandatória. Como se trata de uma doença viral, em casos refratários, com muitas lesões e recorrentes, podem necessitar de investigação complementar em relação à saúde geral da criança.

HEMANGIOMAS

Os hemangiomas da infância são tumores vasculares benignos muito comuns, que ocorrem em até 4,5% dos bebês. Os hemangiomas são mais comuns em meninas.
As lesões tornam-se aparentes por volta da segunda semana de vida e surgem como placas vermelho-brilhantes com a superfície semelhante ao morango ou placas mais firmes, azul-arroxeadas.
As lesões apresentam um período de crescimento e, depois, involuem espontaneamente. Por isso, nem todas as lesões requerem tratamento. Para as lesões que precisam ser tratadas, existem opções de tratamento tópico, oral, cirúrgico e laser.
O dermatologista deve ser consultado, pois, a depender da localização, do número e do tamanho das lesões, os hemangiomas podem estar associados a síndromes.

ICTIOSES

Ictioses são um grupo de doenças no qual ocorrem distúrbios de queratinização da pele. São condições hereditárias, transmitidas geneticamente dos pais para os filhos. O quadro clínico é muito variável e depende do tipo de mutação presente. A ictiose vulgar, é o tipo mais comum e é causada por mutações dos genes que codificam a proteína filagrina, uma das moléculas responsáveis pela impermeabilidade da pele e por sua hidratação.
As alterações da pele costumam estar presentes desde o nascimento. A pele seca é o sintoma mais comum, mas, a depender do tipo de ictiose, podem estar presentes descamação intensa, vermelhidão, placas espessas, espessamento das palmas e plantas, alterações dos cabelos e das unhas, bem como envolvimento de outros órgãos, como olhos, ouvidos e sistema nervoso central.
A hidratação da pele é fundamental para o tratamento das ictioses. No entanto, algumas crianças podem necessitar de tratamento oral, desde os primeiros meses de vida. O dermatologista é o profissional capacitado para definir a melhor terapia. Como trata-se de doença genética, muitas das vezes, é necessário aconselhamento genético.

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